Trechos de um email trocado com um amigo.
...Quando acredito ser EU o virtuoso, me diferencio do outro que é mais ou menos virtuoso do que eu.
O livre arbítrio possibilita a escolha da felicidade no amor ou na vingança. Tomo isso como combustível gerador do movimento necessário para desconstruir e reconstruir em busca de uma superação insuperável da minha natureza com o objetivo de transformar as tensões e sentir felicidade.
Esse pensamento leva a existência de Deus para além do pecado original, dos dogmas e das doutrinas que conferem o poder das religiões. Me apresenta um caminho de transformação. É uma escolha pessoal de natureza empírica, e para mim é uma verdade. Deus é a verdade absoluta. A Verdade que descontrói e transforma o EU me apresentando possibilidades.
Cada diferente, acredita e se beneficia com suas próprias escolhas.
Voltando a dialética de Hegel.
Tese
não gosto de nada.
Antítese
Gosto de gostar das coisas.
Isso cria e mantém o sistema e o EU que gosta de gostar e gosta de não gostar das coisas, esse gostar é construído na moral maniqueísta responsável pela realização do prazer construído no conceito do bem e do mal, do melhor e do pior, do certo e do errado me beneficiando com a felicidade que construo nesse conceito.
Gostar de gostar me leva a crer que sou o melhor.
Ex: Quando qualifico ou desqualifico as diferenças afirmo que minha escolha é a melhor. O melhor sou EU.
Síntese
“Deus não ama nem odeia. Deus É”!
Spinoza
Sou uma coisa diferente e faço parte de um conjunto diferente (humanos) onde todos do mesmo conjunto são diferentes entre si e consequentemente dos outros conjuntos de diferentes coisas, cada qual, com características próprias onde Deus É de acordo com essas características.
Quando a emoção de felicidade se manifesta e flui da minha massa de energia concentrada é Deus Sendo através dessa massa.
Do contrário volto ao ponto de partida e me diferencio do diferente em condição de superioridade ou inferioridade.
Nesse ponto, a existência de Deus como verdade absoluta passa a ser a tese, a negação da existência de Deus que não foi o criador de nada, "a vida se fez do nada", como disse recentemente o físico, a antítese, e a síntese: Deus não criou nada porque ele é a própria criação em movimento.
A não existência de Deus, implica a volta ao EU que gosta de gostar.
Quando qualifico ou desqualifico às diferenças afirmo que minha escolha é a melhor.
" para o que não pode ser dito deve-se calar"
Wittgenstein
Quando me refiro às diferenças, a priori me refiro a Deus do contrário expresso o vazio.
A Terra é o núcleo de um átomo de uma célula de um orgão do infinito corpo de Deus.
Amor, respeito e compaixão 'as diferenças
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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